Desses presentes raros e tão especiais que a vida concede...
Muito obrigada, Claudia Aguiyrre, pela beleza, pela voz, pela parceria mágica...🙌🏾🦄💙💜❤🎬📽🌏
"O videopoema Contato surge da parceria artística com a poeta Patrícia Claudine Hoffmann em entrelaçamento das artes, como ela mesma define “Faço poemas para artistas de segmentos diferentes”. O poema original faz parte do livro "A sombra azul do Minotauro - hologramas dispersos para lições no labirinto", atualmente em pré-venda, no site da Editora Patuá.
Em prefácio sensível Claudio Willer alerta:
“Autora, em primeira instância, de imagens esplêndidas, feitas de paradoxos, desafios aos princípios lógicos da identidade e não-contradição, em favor de uma lógica da poesia, ou seja, um modo poético de pensar: “Acordo antes de acordar. / - Para ter certeza.”
Os versos profundos de Contato encontraram suas imagens rapidamente.
E ordenaram um sentido singular para a criação audiovisual de Claudia Aguiyrre. A videoarte aqui teve curso próprio entre as palavras que vão sendo narradas. O que Willer anunciou diretamente agiu solene sobre as imagens que propõem uma existência alternativa, que inventa recomeços.
Segue Willer comentando que “O aparente hermetismo de Patrícia Claudine Hoffmann expressa um nível mais profundo do inconformismo, não só diante do que há de errado neste mundo, mas desse transcorrer da diacronia”.
Radicada em Santa Catarina, a poeta é professora, autora dos livros de poesia Água Confessa (2000, Letradágua), Sete Silêncios (2004, Fund. Cult. de Itajaí), Matadouro Imperfeito (2016, Letradágua), Feito Vértebras de Colibris (2017, Bolsa Nacional do Livro/Marianas Edições), O Livro de Isólithus (2018, e-book, E-galáxia/Coleção Prato de Cerejas) e Oratórios d’Água (2021, Patuá). Tem poemas publicados em antologias e revistas digitais. Mantém a fanpage “Patrícia Claudine Hoffmann – Poeta”.
Claudia Aguiyrre é cineasta, artista visual, poeta, educadora e pesquisadora, graduada em Comunicação Social – Habilitação Jornalismo e pós-graduada em Estudos Culturais, ambas pela UFSC – Universidade Federal de Santa Catarina. Trabalhou por 15 anos como docente em cursos de Cinema e Realização Audiovisual, Comunicação Social. Sua experiência mais extensa é como documentarista, atividade que desenvolve desde 1989. Trabalhou também em diversas emissoras de televisão desenvolvendo funções de produção a assistência de direção na área de teledramaturgia, além da produção e direção de programas culturais e de comportamento.
Atualmente também desenvolve pesquisas na área de história do cinema, com as Pioneiras do Cinema, e também no campo imagética, nas quais funde estéticas e linguagens de diversas heranças artísticas, traçando relações entre criação poética e experimentação audiovisual, tendo crescente produção em videoarte na forma de videoclipes e videopoemas, frutos de parcerias artísticas. Como poeta teve escritos publicados em revistas literárias nacionais."
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Contato
Vem pela estrela síria a conversão
desses abismos.
Mas é recomendável que se tragam
águias emergenciais para os orais e vigiais,
os quais nos integram
dentro da vida.
Estamos aqui ainda?
Na tragédia temos remédios
imprevisíveis
para o medo em despedida
e para a inauguração de novas estadias.
Atrofiamos nossos monstros
no corpo dos claustros,
para que eles não nos espreitassem
do lado de fora
do destino.
Alheios. Cristalinos.
Agora nos miram de miragens milenares
sobre o tutano planetário
a recompor nossos ossos
nunca recolhidos daqueles campos.
Metade do contato
telepático era com a chuva.
Nos dilúvios. Quando éramos peixes já.
Se demoramos de arredores
em vagalumes exteriores,
é porque não sabíamos
subverter a íris
perfurada no broto das cores
ainda por existir.
Pintura aérea. Música.
Ária celeste. Arco.
Acordes de estar aqui.
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