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Foto do escritorPatrícia Claudine Hoffmann

Poemas disléxicos de quando estivemos aqui e não sabíamos


SETE CALIGRAFIAS ATÔMICAS DE AURORAS

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Há naves suspensas

para os deslocamentos

urgentes.

Seres de chuva protegem

as florestas, mas não os vemos.

Resgatam de promessa

as pessoas,

os animais, as árvores e

seus descendentes.

Recolhem do fogo outras

nomeações para vida.

*

Há trabalhadores do sonho aqui.

Guarida.

Já não acordam tanto,

para fins de salvamentos mais abstratos,

de modo que as inquietações

dos ímãs das escolhas,

não se assustem antes da hora.

Relógios generosos de sol

emitem música

em espiral de arco-íris

para a inclusão das chuvas.

*

Câmaras de cura

florescem para a anestesia

do sono azul.

Neutralizam as dores

até o revigor da matéria sutil,

em releitura de mundos.

*

Escolas de não se querer ir

são ainda agentes

da competição das Camélias.

Exercitam de apartar

os que seriam coesos

na cooperação imagética

das novidades,

como fazem

as Azaleias,

mas isso é só uma metáfora

e ela não será excluída

por nenhum ajuste de padrão

de beleza.

*

Porque tudo poderá ser pleno

do que não veremos de nós,

no mundo dos ataques

e das defesas,

onde o afeto dos diferentes

ofende,

desde que chegaram as iguanas

igualadas no sistema predatório,

em despreparo

empático de nuvens.

*

É preciso vários transtornos de sol

adquiridos,

para desaprender o aço.

*

Unidade temática de respiro

em caleidoscópios de leitura magnética:

centrar o poema

nos fonemas do simples

não plasma a purificação

de tudo o que se vê,

até verter dos polos mais sensíveis

o sereno movimento das raízes

*

Texto: Patrícia Claudine Hoffmann

©️Todos os direitos reservados.


Arte/colagem: Carlos Pizarro Soul



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