SETE CALIGRAFIAS ATÔMICAS DE AURORAS
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Há naves suspensas
para os deslocamentos
urgentes.
Seres de chuva protegem
as florestas, mas não os vemos.
Resgatam de promessa
as pessoas,
os animais, as árvores e
seus descendentes.
Recolhem do fogo outras
nomeações para vida.
*
Há trabalhadores do sonho aqui.
Guarida.
Já não acordam tanto,
para fins de salvamentos mais abstratos,
de modo que as inquietações
dos ímãs das escolhas,
não se assustem antes da hora.
Relógios generosos de sol
emitem música
em espiral de arco-íris
para a inclusão das chuvas.
*
Câmaras de cura
florescem para a anestesia
do sono azul.
Neutralizam as dores
até o revigor da matéria sutil,
em releitura de mundos.
*
Escolas de não se querer ir
são ainda agentes
da competição das Camélias.
Exercitam de apartar
os que seriam coesos
na cooperação imagética
das novidades,
como fazem
as Azaleias,
mas isso é só uma metáfora
e ela não será excluída
por nenhum ajuste de padrão
de beleza.
*
Porque tudo poderá ser pleno
do que não veremos de nós,
no mundo dos ataques
e das defesas,
onde o afeto dos diferentes
ofende,
desde que chegaram as iguanas
igualadas no sistema predatório,
em despreparo
empático de nuvens.
*
É preciso vários transtornos de sol
adquiridos,
para desaprender o aço.
*
Unidade temática de respiro
em caleidoscópios de leitura magnética:
centrar o poema
nos fonemas do simples
não plasma a purificação
de tudo o que se vê,
até verter dos polos mais sensíveis
o sereno movimento das raízes
*
Texto: Patrícia Claudine Hoffmann
©️Todos os direitos reservados.
Arte/colagem: Carlos Pizarro Soul
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