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Foto do escritorPatrícia Claudine Hoffmann

Poema disléxico


A desmemória não atinge

os sentidos,

porque a poesia capta seus adeptos

até mesmo fora

do radar

cósmico.


Cuida de seus vestígios...


Há espelhos moídos por dentro,

de enigmas.


Transparência de paradigmas

desfeitos

na bagagem

também desfeita.


Há rimas naturais

e samurais de silêncio

no jardim infenso às

muralhas

que não nos servem mais.


Nunca houve ninguém

do outro lado.


Efusões.


O  urso espírito caminha

sobre o que esqueci.


(11/10/2023)


Ilustra: Susam Seddon Boulet.

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