A desmemória não atinge
os sentidos,
porque a poesia capta seus adeptos
até mesmo fora
do radar
cósmico.
Cuida de seus vestígios...
Há espelhos moídos por dentro,
de enigmas.
Transparência de paradigmas
desfeitos
na bagagem
também desfeita.
Há rimas naturais
e samurais de silêncio
no jardim infenso às
muralhas
que não nos servem mais.
Nunca houve ninguém
do outro lado.
Efusões.
O urso espírito caminha
sobre o que esqueci.
(11/10/2023)
Ilustra: Susam Seddon Boulet.
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