Só pude escrever agora e faço isso muito por ocasião do peixe que vi saltar amanhã entre as ondas, antes que estas seguissem na refração e retornassem para de novo compor o todo. Foi outro ano bom por parte da saudade. Tudo se contrai e se expande de impulso. Cresce forte apenas do que é justo e se mantém onde o longe e o perto já não existem. As novidades são as mesmas. Estamos frequentes. Não há substância mais, de susto, que possa respaldar o medo do que não se acaba. Há luzes que piscam no ar e na água. Auroras boreais por onde nadamos de expressão os sonhos durante toda a vinda. Ainda é vinda. O resto é memória. E nos excede.
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Foto: Beatriz Link ❤️
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