Como é para a chuva
a rosa,
o vazio compreende de expectativas
o que não esperar.
Ponto de descanso
do desejo
almeja apenas não desejar
mais
que o profundo
do profundo,
lugar de não-anseio
torna as distâncias
inexistentes,
do que nunca foi
alheio.
Não é preciso mais êxito,
nesse ponto,
nem é preciso o encontro
do desencontro.
Só a poesia é real
de alcance,
porque é da essência
que se desprende,
em segurança de infinito.
Seu rigor
é abraço removedor
de excessos
e do medo:
a palhinha no bico do pássaro.
Indispensável de amor.
Arte: Oksava Ivanik
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